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No capítulo XXIII de O Capital, Karl Marx apresenta a lei geral da acumulação capitalista, dando enfoque a diversos fatores como a composição do capital, o processo de produção da mais-valia, o sobrepor do capital constante ao variável, o pauperismo, o exército industrial de reserva ou superpopulação relativa e como a expansão do capital exerce influência na vida da classe trabalhadora.
É por meio da composição técnica e da composição-valor que a composição do capital é formada e deve ser entendida. A primeira, que caracteriza o ponto de vista do valor de uso, é determinada pela proporção entre os meios de produção e o total de trabalhadores empregados. Já a segunda, que como o nome mesmo explicita segue o ponto de vista do valor, é determinada pela proporção entre o capital constante (meios de produção) e capital variável (força de trabalho). E é a correlação entre essas duas que dá origem a chamada composição orgânica do capital.
Segundo Marx, se os meios de produção demandarem sempre a mesma quantidade de força de trabalho para se movimentar, haverá uma elevação na procura por trabalho. Com a acumulação elevada, os salários também tendem a subir até que a procura seja maior que a oferta, decaindo os níveis salariais, e a entrada de trabalhadores, aumentando, assim, a emigração de trabalhos -- o aumento salarial obedece à reprodução do capital. Mas isso não muda em nada o caráter da produção. Tanto a reprodução simples quanto a ampliada reproduzem a relação capital, ou seja, capitalistas separados dos assalariados. Essa reprodução e relação do capital (reprodução do capital em mais capital: D-M-D’) em forma ampliada é comparada aos níveis baixos de força produtiva empregada, que incorporou a crescente ‘’produtividade social do trabalho’’. Isso significa que o trabalho depende do seu produto, o capital, que garante a mais valia relativa. A acumulação do capital é a multiplicação do proletariado, isto é, por meio dela haverá uma multiplicação de assalariados