marx
O primeiro ponto a destacar sobre Marx é que sua economia é clássica no sentido de que ele a construiu com base nas economias de Ricardo e Smith. Embora começasse com a análise clássica, ele a transformou e produziu um tipo de economia radicalmente diferente. Para os economistas clássicos, as leis de produção são leis da natureza. Para Marx, as leis de produção estavam baseadas nas leis e instituições do capitalismo, um estágio histórico específico da história. O capital só podia existir porque as pessoas tinham o direito de possuir o produto do trabalho de outras pessoas. O trabalho assalariado – comum na indústria britânica, mas bem menos generalizado nos tempos de Marx do que hoje – era outra instituição central do processo de exploração. Exploração, circulação de dinheiro e bens, capital e as instituições do capitalismo estavam, portanto, entrelaçados. Apesar de suas raízes na economia clássica, a economia marxista se desenvolveu de maneira totalmente independente da corrente dominante do pensamento econômico. Suas outras raízes na filosofia hegeliana eram estranhas às tradições anglo-saxônicas que dominavam cada vez mais a profissão econômica. A associação da economia marxista com movimentos políticos socialistas representou uma nova barreira. À medida que a economia se distanciava de outros ramos do pensamento social, o amálgama marxista de economia e análise sociológica ficou distante das preocupações da maioria dos economistas. No entanto, a economia de Marx foi importante mesmo para economistas não marxistas. A razão óbvia é que tentativas foram feitas por economistas não marxistas para refutar Marx, e os marxistas responderam. Muito mais importante, porém, foi o fato de que as ideias marxistas influenciaram o pensamento não marxista, direta ou indiretamente.
Neoliberalismo é uma redefinição do liberalismo clássico, influenciado pelas teorias econômicas neoclássicas e é entendido como um produto do liberalismo econômico