Marx
Eudina Maria da Rocha Oliveira
Para Marx, o homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, a gradação das posições sociais. Na Roma haviam patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média: senhores feudais, vassalos, burgueses de corporação, oficiais, servos. E em oposição aos burgueses modernos (pós-revolução industrial) estavam os proletários.
Com o crescimento dos mercados, a procura continuava a subir. Também a manufatura já não chegava mais. Então o vapor e a maquinaria revolucionaram a produção industrial entraram em cena.
Apesar de a burguesia ter desempenhado na história um papel altamente revolucionário, a exploração encoberta com ilusões políticas e religiosas, deixou lugar para uma nova exploração: seca, direta. O permanente revolucionamento da produção, o ininterrupto abalo de todas as condições sociais, a incerteza e o movimento eternos distinguem a época da burguesia de todas as outras.
Os meios de produção e de intercâmbio sobre cuja base se formou a burguesia foram gerados na sociedade feudal, mas a burguesia não podia existir sem revolucionar permanentemente os instrumentos de produção, e, portanto, as relações sociais todas. Por liberdade entendia-se, no interior das atuais relações de produção burguesas: o comércio livre, a compra e venda livres.
A burguesia, pela sua exploração do mercado mundial, configurou de um modo cosmopolita a produção e o consumo de todos os países e submeteu a sociedade às condições do seu proveito. Compeliu todas as nações a apropriarem do seu modo de produção, submeteu o campo à dominação da cidade, criou forças de produção mais massivas e a livre concorrência.
Porém, nas palavras de Marx: a “burguesia não forjou apenas as armas que lhe trazem a morte; também gerou os homens que manejarão essas armas — os operários