Marx Capitulo 4
24 DE SETEMBRO DE 2012 CHARLES S. FONSECA DEIXE UM COMENTÁRIO
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Da Circulação Simples à Essência do Sistema
Referência bibliográfica: KARL, Marx. O Capital. Crítica da Economia Política.
Da circulação simples à essência do sistema
1. Transformação do dinheiro em capital: a porta de entrada ao mundo não (imediatamente) visível da produção capitalista.
“Transformação do dinheiro em capital” – assim Marx intitula a seção II de O Capital. Esta seção é o que se pode chamar de “ante-sala” que nos prepara para abandonar a esfera ruidosa da circulação de mercadorias, imediatamente visível e acessível a todos os olhos, e ingressar no mundo oculto da produção capitalista, para ai desvendar o segredo da produção da mais-valia.
Quando Marx convida-nos a abandonar com ele, juntamente com o possuidor do dinheiro e o possuidor da força (lê-se capacidade) de trabalho, a esfera da circulação simples, ele está convidando esses personagens a conhecerem o lado oculto de um único e mesmo mundo: o modo capitalista de produção. Pertencentes a uma única e mesma realidade historicamente determinada, o mundo da experiência vivida e seu lado não visível, isto é, não observável e imediatamente experimentado, guardam entre si uma relação dialética que é tematizada por Marx como uma relação entre aparência e essência, ou, se preferirmos, uma relação entre a circulação simples (esfera do intercâmbio de mercadorias) e a esfera da produção.
De fato, quem se propõe a observar a sociedade capitalista, percebe que ela é fundada em relações comerciais entre os indivíduos, cujos interesses privados, particulares é o que os une e os leva a se relacionarem entre si. É no mundo das mercadorias, no mundo do mercado, e por meio dele que se tecem as relações entre os homens. Fora desse mundo as pessoas são reduzidas à mera condição de indivíduos.
Mas se todas as pessoas só são consideradas enquanto tais se proprietárias de