Martinez
A metodologia do projeto arquitetônico trata-se, em princípio, em “tomar partido” por algum “tipo” de estudo sumário, de estudo indiciário. Corona Martínez sugere um paralelismo entre os campos da arquitetura e da literatura ao indicar que o desenho se liga à arquitetura como a escrita à fala; o autor assinala a necessidade de revitalizar esse vínculo, que parece ser própria da cultura arquitetônica. Talvez a computação gráfica permita algum dia “escrever” edifícios com maior rapidez com que hoje se escrevem textos.
A história da arquitetura é vista como produto cultural capaz não somente de revelar valores na obra arquitetônica como de promovê-los. O autor assinala, por exemplo, que as primeiras histórias da arquitetura moderna insistiam em destacar os valores individuais dos edifícios do que suas
“tipologias”, não porque estas não existissem nos próprios edifícios, mas porque estavam ausentes dos interesses ideológicos dos historiadores. Ainda para o autor, houve uma revolução nas formas da arquitetura do século XX, porém não nas formas de projetar
O desenho é a invenção de um objeto por meio de outro, que o precede no tempo. O projetista opera sobre este primeiro objeto, o projeto, modificando-o até julgá-lo satisfatório. Em seguida traduz suas características em um código adequado de instruções para que seja compreendido pelos encarregados da construção do edifício. Portanto, o processo de projeto tem como resultado a produção de um conjunto de especificações e representações que permite construir o objeto representado, podendo variar de duas maneiras:
A separação entre projetistas executores acontece desde o
Renascimento. Historicamente, as plantas e especificações são um dado recente. No passado, aquele que fazia um desenho transmitia de forma direta para sua equipe de construção. A complexidade do objeto projetado e seu maior ou menor grau de novidade, em comparação com outros objetos