Makers, a nova revolução industrial
Year VIII . Number 17 . May 2014 – December 2014
Makers, a nova revolução industrial
Mário Beja Santos1
Já não é fantasia, vivemos rodeados de indicadores seguros de design e criação de produtos personalizados, a economia está a receber o alento de empresários que com a ajuda do design de código aberto e da impressão 3D passaram a criar variadíssimos produtos, em geral personalizados, para clientes específicos. Em Makers, A nova revolução industrial, Chris Anderson (Conjuntura
Atual Editora, 2013) alerta que, para permanecer economicamente forte, cada país tem de produzir produtos físicos se não quiser tornar-se numa nação de prestadores de serviços rotineiros e mal pagos. Vejamos a originalidade deste utilíssimo livro. No passado, os grandes inventores/homens de negócio da I Revolução Industrial, eram não só inteligentes mas também privilegiados. Na era da web democratizaram-se as ferramentas da invenção e da produção. Qualquer pessoa com uma ideia para um serviço pode transformá-la num produto com um código de software e, de seguida, com um clique do rato, pode expedi-lo para um mercado global de milhares de milhões de pessoas. Na era da web os makers fazem a diferença. A noção de fábrica está a mudar. Assim como a web democratizou a inovação nos bits, a nova classe de tecnologias de prototipagem rápida, das impressoras 3D às máquinas de corte a laser, está a democratizar a inovação nos átomos. O que há de galvanizante nisto? O autor comenta que a América e a maioria dos países do Ocidente encontram-se no meio de uma crise de emprego. Grande parte do crescimento económico que o mundo desenvolvido consegue alcançar hoje em dia resulta do aumento de produtividade, é ótimo, mas a consequência económica é que, se pudermos fazer o mesmo ou mais trabalho com menos empregados, então devíamos fazê-lo. Assim, pelo facto da produtividade estar a aumentar temos cada vez mais milhões desempregados.
A indústria