Martinelli, giuseppe
Martinelli cresceu junto com a cidade, começou a trabalhar como mascate e açougueiro. Com o passar do tempo, foi crescendo profissionalmente, até tornar-se um grande armador, tendo uma frota com 22 navios.
Foi então que resolveu realizar de outra forma seu sonho de se tornar arquiteto, construindo um prédio que fosse um tributo à cidade que adotara. Para isso, vendeu sua frota e deu início a um arranha-céu em 1924, projetado para ter 12 andares, em um grande terreno que lhe pertencia. O autor desse projeto foi o arquiteto húngaro Willian Fillinger.
O cimento era importado da Suécia e da Noruega. Nas obras, trabalhavam mais de 690 artesãos italianos e espanhóis. Diversos imprevistos prolongaram a obras. Fundações abalaram um prédio vizinho, o que foi resolvido com a compra desse prédio; e os cálculos estruturais complexos levaram à importação de uma máquina de calcular Mercedes, da Alemanha.
E Martinelli não parava de acrescentar andares ao seu edifício, até que ele chegou a 20 andares. Nessa época, o próprio Martinelli já havia assumido o projeto arquitetônico e, além disso, trabalhava como pedreiro.
Quando o prédio atingiu 24 andares, foi embargado por não ter licença. Após o processo ter corrido no tribunal e posteriormente ter sido aprovado pela justiça, Martinelli queria chegar aos 30 andares e chegou, construindo sua residência em cinco andares, no topo do prédio. Entre os inquilinos do edifício Martinelli, estavam partidos políticos como o PRP, jornais, clubes, sindicatos, restaurantes, boates, o hotel São Bento, o cine Rosário e a escola de dança do professor Patrizzi.
Mesmo antes de sua conclusão, o prédio já havia se tornado um símbolo e ícone de São Paulo.
Contudo,