Martin Wright “A Política do Poder”
Cap. 9 “Anarquia Internacional”
- Vimos como a história internacional é pontilhada de guerras. As grandes linhas de divisão são as guerras totais, que podem ser definidas como sendo aquelas que envolvem todas as grandes potencias existentes. Toda guerra total começa com uma guerra local, e amplia seu alcance a medida que cada grande potencia, por sua vez, descobre que seus interesses seriam postos em perigo se permanecesse de fora.
- Mas entre as guerras totais, existem muitas guerras menores que levam a mudanças na configuração do poder.
- As contendas entre pequenas potencias raramente causam danos a alguém exceto a elas próprias, e nunca na historia chegaram a ocasionar uma guerra total. São as grandes potencias que causam sublevações internacionais.
- Até a criação da Liga das Nações, o Direito Internacional não tinha alternativa senão aceitar a guerra como um relacionamento legitimo entre os estados, independentemente do fato de a causa ser ou não justa. A Liga restringiu rigidamente as condições sob as quais a guerra poderia ser considerada um recurso legal, mas não a declarou ilegal.
- A causa fundamental da guerra não é a existência de rivalidades históricas, nem da competição pelas armas, nem da pobreza, nem da corrida econômica por mercados e matérias primas, nem da agressividade do fascismo ou do comunismo; ainda que alguns desses motivos possam ter ocasionado determinadas guerras. Sua causa fundamental é a ausência de um governo internacional; em outras palavras, é a anarquia dos estados soberanos.
- “medo hobbesiano” ; “guerra de todo homem contra todo homem”
- Guerras são travadas por muitas causas diferentes; algumas decorrem de erros cometidos em virtude da existência de um labirinto de politicas confusas. Outras decorrem da vontade e do planejamento fritos por parte de uma única potencia, como Hitler sem duvida alguma determinou a eclosão da 2ª guerra mundial. Mas todas as causas particulares da