Martin Heidegger
Martin Heidegger nasceu em 26 de setembro de 1889 em Messkirch, Alemanha, onde sua família já estava radicada há vários séculos. Seu pai, Friedrich Heidegger (1851-1924), era fazedor de barris e um sacristão católico, incumbido das vestes e dos objetos sagrados, de tocar os sinos e também de cavar as sepulturas no interior do templo. Sua mãe Johanna Kempf Heidegger (1858-1927) era decoradora da igreja de São Martinho. Era o filho mais velho de três: Mariele e Fritz. Heidegger estudou em Constança e em Friburgo onde se tornou um excelente aluno de grego, latim e francês, interessando-se pela leitura de Brentano e dos filósofos gregos.
Em 1909, Heidegger ingressou na Universidade de Friburgo e iniciou o curso de teologia. Paralelamente, continuou seus estudos sobre Aristóteles e iniciou as primeiras leituras de Husserl, que o levariam ao método fenomenológico. Interessou-se também pela filosofia de Maurice Blondel e pelo pensamento de Kierkegaard, que o fez refletir sobre outro tipo de pensamento que não o católico.
A partir de 1911, influenciado pelo filósofo Heinrich Rickert, Heidegger estudou as obras de Hegel, Schelling, Kierkegaard e Nietzsche, Kant, Dostoievsky, Rilke, Trakl e começou a redigir textos que resultariam em obras posteriores.
Concluiu o doutorado em 1914 e, neste mesmo ano, publicou um pequeno trabalho intitulado A Teoria do Juízo no Psicologismo - Contribuição Crítico-Positiva à Lógica.
Em 1915, Husserl foi para Friburgo e Heidegger tornou-se seu assistente. Husserl o influenciou em toda a sua obra sobre o "Ser" e transmitiu a ele toda a doutrina fenomenológica.
A teoria de Heidegger baseia-se na ideia de que o homem é um ser que busca aquilo que não é. Seu projeto de vida pode ser eliminado pelas pressões da vida e pelo cotidiano, o que leva o homem a isolar-se de si mesmo.
Dois anos depois, Heidegger casou-se com sua aluna Elfriede Petri, com quem teve 2 filhos.
De 1915 a 1923, Heidegger assumiu o