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1 - Do que trata o texto?

O texto escrito pelo psicólogo e filósofo francês Michel Foucault (1926 – 1984) na verdade é um apêndice, ou seja, uma parte complementar da obra “Uma trajetória Filosófica – Para além do estruturalismo e da hermenêutica” – em sua primeira edição datada do ano de 1982.
Este apêndice é dividido em duas partes: a primeira é denominada “Por que estudar o poder: a questão do sujeito”. Nesta parte Foucault discute idéias que segundo ele não representam nem uma teoria, nem uma metodologia. Mas uma história que relata a maneira pela qual nos seus diferentes modos, os homens tornam-se sujeitos. Para construir esta história ele segue em três direções. Primeiro, a objetivação do sujeito produtivo, ou seja, do sujeito que trabalha numa análise das riquezas e da economia. Segundo, o sujeito dividido no seu interior em relação aos outros, como nos casos do louco e do são, do doente e do sadio e etc. No terceiro, o modo pelo qual um ser humano torna-se sujeito. Nesse caso especificamente, entra a questão do homem enquanto ser que se reconhece como sujeito da “sexualidade”.
Apesar do homem como sujeito ser o tema geral da pesquisa de Foucault, no texto ele defende a idéia de que é necessário um conceito de poder dentro de dimensões que pudessem ser utilizadas ao estudar a objetivação do sujeito. Também seria necessário verificar dentro desse conceito a realidade atual vivenciada.
Foucault também apresenta nesta parte a sugestão de que para se compreender as relações de poder é necessário se investigar as formas de resistência e as tentativas de dissolver essas relações. Para isso ele afirma que essas oposições têm seis coisas em comum: são lutas “transversais”; o objetivo dessas lutas são os efeitos do poder como tal; são lutas “imediatas”; são lutas que questionam o estatuto do indivíduo; são uma oposição aos efeitos de poder relacionados ao saber, à competência e à qualificação; todas essas lutas contemporâneas giram em torno da questão: quem