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Ao longo dos séculos, as mulheres em suas diferentes culturas se utilizaram os mais diversos métodos para contenção fluxos menstruais; esponjas, lã, tiras de roupas usadas e até mesmo certos tipos de grama. No Antigo Egito, os tampões já existiam feitos de papiro processados para ficarem macios. Foi no ano de 1888 que os absorventes femininos começaram a ser vendidos, eram aqueles em formato de almofada, adaptações dos que as enfermeiras norte-americanas preparavam para elas próprias usarem, feitos de gaze e outros materiais hospitalares a que tinham vasto acesso.
Num momento da história ocidental em que a higiene se tornara uma obsessão, o sucesso foi estrondoso entre as mulheres burguesas. E, justamente, as primeiras propagandas veiculadas para o produto, em 1921, pela Kotex, destacavam que os absorventes descartáveis eram muito mais limpos e assépticos, além de confortáveis. Depois que o preço dos absorventes se tornou mais acessível e, desse modo, seu uso mais democrático, as propagandas tinham como foco quebrar a timidez das moças: havia tanta vergonha de se comprar um absorvente que muitas preferiam continuar usando as velhas tiras de pano mesmo que detestassem.
Os cartazes da Kotex mais pareciam tratados explicativos, buscavam de todo modo convencer as consumidoras das vantagens do produto descartável sobre o reutilizável e, principalmente, juravam que milhares de mulheres já eram felizes usuárias. Um outro argumento poderoso nesses cartazes, era a promessa da diminuição do mau odor no período menstrual.
Nos anos 50, os folhetos informativos voltaram com força total. Todas as marcas ofereciam livretos gratuitos que falavam sobre o ciclo menstrual, a anatomia feminina, mitos sobre a menstruação e expunham algumas dicas e cuidados que nenhuma mulher tinha coragem de perguntar. As propagandas desse período mostram mulheres fabulosas, ricamente vestidas, na velha associação de um produto com a