Marketing pessoal
Nova ortografia portuguesa
Por Marcelo Moraes Caetano
Acordo Ortográfico: seu principal objetivo
A língua portuguesa é o terceiro idioma mais falado - e, consequentemente, escrito - no mundo ocidental, ficando atrás, apenas, do inglês e do espanhol. Diante das rápidas modificações tecnológicas, que cada vez mais aproximam pessoas pelo mundo, é natural que cresça a preocupação com um dos principais veículos comunicativos de que os povos dispõem: A LÍNGUA ESCRITA. É exatamente esta a modalidade do idioma que está sendo enfocada pelas discussões relativas à nova ortografia.
O principal objetivo dessa tentativa de unificação das escritas, portanto, é facilitar o intercâmbio de informações que requeiram o uso da língua oficial. Visa-se, com isso, então, à melhora no fluxo das relações interpessoais que necessitem da língua normativa como intermediador comunicativo - de que são exemplos o comércio internacional, a publicação de artigos, a edição de livros, periódicos e similares, a confecção de contratos entre os países e assim por diante. Dessa maneira, é buscado o consenso no âmbito da elaboração de textos que, de alguma forma, por meio da escrita, devam percorrer as nações envolvidas e, nelas, ao longo do tempo, permanecer registrados.
Devemos lembrar, por fim, que as modificações propostas não irão erradicar as diferenças regionais dos países em questão, os PALOPS (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) - a saber: Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor Leste -, que têm Histórias próprias, com formações culturais distintas e riquíssimas. Mesmo dentro do nosso país, que possui dimensões continentais, as diversidades hão de permanecer, sem que, com isso, a preocupação com a unidade normativa se desfaça. O Acordo, pois, não é uma tentativa de igualar as múltiplas