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ão italiana para o Brasil foi muito pequena até 1875, porém, esse número aumentaria consideravelmente em 1876, atingindo quase 7.000 indivíduos; e, no ano seguinte, com mais de 13.000, superaria aplamente todas as outras correntes migratórias do país, inclusive a portuguesa, até então na dianteira, e que mal atingiria 8.000 indivíduos. Daí para a frente, e até o início do século XX, a imigração italiana permaneceria exclusivamente, e com grande vantagem, em primeiro lugar. A solução migratória surgiu, assim, como uma verdadeira válvula de alívio. Para Furtado, tal momento, pode ser visto da seguinte maneira:
''Estavam, portanto, lançadas as bases para a formação da grande corrente imigratória que tornaria possível a expansão da produção cafeeira no Estado de São Paulo. O número de imigrantes europeus que entram nesse Estado sobe de 13 mil, nos anos setenta, para 184 mil no decênio seguinte e 609 mil no último decênio do século. O total para o último quartel do século foi de 803 mil, sendo 577 mil provenientes da Itália.''
(FURTADO, Celso, 1984, op. cit, p.128)
Furtado evidencia aqui como o número de imigrantes italianos cresceu substancialmente e fortaleceu a nova massa de mão-de-obra, que seria fundamental para um novo impulso da cultura cafeeira. Embora o problema da mão-de-obra estivesse praticamente resolvido, outro obstáculo voltava a rondar o crescimento da produção da atividade cafeeira. Com efeito, o transporte, juntamente com seus custos, se tornou o novo problema que os fazendeiros de café, apoiados pelo governo, teriam de solucionar.
A solução do problema dos transportes Como se sabe, antes do surgimento das estradas de ferro, o transporte do café era realizado pelas tropas de mulas, dando origem a toda uma organização de transportes, de comércio e à formação de um segmento social que chegou a ter certa projeção política. Importante ressaltar que, antes das tropas de animais, eram os escravos que transportavam