Mario botta
MARIO BOTTA nasceu no cantão do Ticino, Suíça, em 1943, e formou-se pelo Instituto Universitário de Arquitetura de Veneza em 1969. Desde o início de sua atividade profissional com escritório próprio, em Lugano, em 1970, despertou a atenção internacional com projetos que contrapunham escala e orçamento modestos a forte monumentalidade. Tem obras construídas em diversos países, entre os quais Japão (Galeria de Arte Watari-um, 1990), EUA (Museu de Arte Moderna de São Francisco, 1994), Itália (usina de tratamento de detritos Thermoselect, 1991), França (catedral de Evry, 1995) e Suíça - sobretudo em Ticino, cuja paisagem exibe, entre as várias casas, igrejas e edifícios residenciais e comerciais projetados por ele, o prédio que abriga seu próprio escritório (1990). Objeto de numerosas publicações e de exposições em Paris (Centro Georges Pompidou, 1895), Nova York (Museu de Arte Moderna, 1986) e Berlim (Galeria Nacional, 1987), entre outras cidades, seu trabalho pôde ser conhecido pelos brasileiros ainda no início da década de 80, em mostras na UFMG (1981) e nos IABs do Rio de Janeiro (1982) e São Paulo (1983).
Detentor do Chicago Architecture Award (1986) e do Prix Cica (1990 e 1993), Mario Botta teve diversos trabalhos publicados em PROJETO DESIGN (103, setembro de 1987; 128, dezembro de 1989; e 212, setembro de 1997)
Entrevista
No início dos anos 70, Mario Botta assombrou, com sua obra, os apreciadores da arquitetura de todo o mundo. Com o fim do modernismo e o avanço do pósmoderno, os trabalhos de Botta jogaram luz sobre os possíveis rumos da arquitetura. O arquiteto acabou se tornando uma celebridade, com projetos espalhados por diversos países e monografias publicadas sobre sua obra. Bemhumorado, de raciocínio rápido e inteligente, Botta concedeu esta entrevista em junho de 2000, durante visita a São Paulo.
Você trabalhou com arquitetura antes da faculdade, não? Em 1958, com 15 anos, abandonei os estudos secundários e comecei a trabalhar