Marii
"Jorge Salmeiro não gosta particularmente do sistema de avaliação de desempenho e de aumentos salariais por mérito implantados em sua empresa, mas consegue conviver pacificamente com ele.
Embora nem melhor, nem pior do que os demais chefes, Jorge trabalha tendo por base o conceito de provisão orçamentária disponível para aumentos por mérito.
A empresa tem as seguintes diretrizes que orientam a provisão orçamentária para premiar o mérito de seus funcionários: se a folha de pagamento prevista para o ano fiscal corrente é de R$ 1 milhão, por exemplo (e se os negócios são estáveis, se a economia também for estável e se houver disponibilidade financeira da empresa), a mesma estabelece uma percentagem fixa para aumentos de mérito e de promoções para o próximo ano fiscal. Se a percentagem fixada for de 5%, deverá ser reservada uma provisão orçamentária no valor de R$ 50 mil para aumentos salariais de mérito.
Embora não fosse uma política oficialmente divulgada pela companhia, o efeito deste conceito de provisão orçamentária é forçar cada chefe a aumentar os salários (dando aumentos) em seus departamentos até um ponto em que não exceda a média de 5% da sua respectiva folha de pagamento.
Teoricamente, o chefe deveria recompensar o melhor funcionário ou produtor com um grande aumento salarial e conceder ao empregado médio apenas um aumento simbólico. O empregado marginal não deveria receber nenhum