MARIE

INTRODUÇÃO:

Este trabalho tem como objetivo analisar e trazer alguns conceitos sobre o filme/ livro “Palavras para dizer” de Marie Cardinal. “Palavras para dizer” é mais do que um romance, mas escritura quase documental da experiência analítica da autora, Marie Cardinal. Relata uma verdadeira transformação, a partir dos sete anos em que empreendeu um processo de psicanálise, uma cura pela palavra, posterior aos frustrados tratamentos (ginecológicos, psiquiátricos, medicamentosos), na tentativa de dar conta de seus severos sintomas psicossomáticos. Marie chega ao analista por motivo de um sangramento que não cessava havia mais de três anos. Ela já passará por diversos ginecologistas e o máximo que conseguira foi o diagnóstico de um útero “fibromatoso”, que deveria ser extraído. Aonde faz inúmeras vezes à citação, no livro, sobre “a coisa”, que seria denominada sua angústia. Nas próximas páginas, veremos um pouco sobre a percepção do filme/livro, o percurso do tratamento de Marie, incluindo a história da mesma, a hipótese diagnóstica, conceitos na compreensão do caso, entre outros.

A PERCEPÇÃO DO FILME/LIVRO COM CONCEITOS: Para compreensão maior do filme/livro, foram analisadas e comparadas algumas cenas ou abordagens do livro (que serão descritas aqui), junto a conceitos trabalhados/falados em aula e descritos nos textos.
Conceitos e cenas:
*Perturbação Psicossomática: O termo psicossomático, na expressão mais comum, pode reportar-se tanto ao quesito da origem psicológica de determinadas doenças orgânicas, quanto às “repercussões afetivas do estado de doença física no indivíduo, como até confundir-se com simulação e hipocondria, onde toma um sentido negativo. (Cardoso, 1995, p.5). Marie sofria de sangramentos havia três anos. E não sabia o porquê do ocorrido. Após tentar obter a ajuda de médicos (de diferentes áreas), recebeu alguns diagnósticos, mas acreditava que nada disso funcionaria. Então relatou, em um trecho do livro, algo que