Maria Efigenia Lage - Formação do PRM

Breno Bertolucci Estevam Ferreira
Segundo trabalho de Leitura Dirigida 2

A proclamação da republica em 15 de novembro de 1889 pegou todos do país de surpresa. Em
Minas Gerais não foi diferente. O Estado contava com uma pequena participação dos republicanos no cenário político na época, não chegando a 30% do total do eleitorado. Com a mudança de regime, os republicanos mineiros não se encontravam preparados para assumir o rumo da política local. Neste momento surge a primeira disputa política: os republicanos situacionistas contra os republicanos históricos. Os primeiros, vindos muitas vezes de partidos conservadores e monárquicos aderiram a república somente apos o golpe ou muito próximo a ele, enquanto os segundos há muito levantavam a bandeira do republicanismo. Buscando uma maior união, cria-se a conciliação, sobre a bandeira do PRM, para formular constituinte federal, que teve êxito em eleger uma chapa única. Porém, com a escolhe para a constituinte mineira, o partido sai muito desgastado, com fortes grupos de oposição.
Para realizar a constituição estadual formou-se a comissão dos onze. A obra desta comissão resultou na formulação de um projeto conciliador, conseguindo atender interesses de grupos oligárquicos conservadores e jovens liberais de tendências ultrafederalistas. Porém, duas questões foram causadoras de muita polemica: a primeira consistia na questão sobre a autonomia do estados e a segunda sobre a mudança da capital mineira, até então em Ouro
Preto. A primeira foi resolvida mais facilmente, com uma idéia conciliadora de Silviano Brandão.
Porém a segunda foi extremamente mais complicada. Primeiro, porque havia dois grupos: os
“mudancistas” e os “anti-mudancistas”. Além disso, havia uma divisão entre os “mudancistas”, já que vários grupos tinham varias opiniões de onde deveria ser a nova capital do estado. Um fato extremamente importante para a política mineira foi o golpe de Floriano Peixoto que assume a presidência do país.