Marcia

Marcia

Aristotelicamente

Nós, seres humanos, diferenciamo-nos dos demais habitantes do planeta Terra por nossa capacidade intelectual. Por meio dela, somos capazes, por exemplo, de refletir sobre os fatores que nos proporcionam felicidade. Entre esses fatores, destaca-se a necessidade de nos sentir de alguma forma importante tanto na vida pessoal quanto na profissional para alcançarmos um bem-estar pleno. Caso isso não ocorra, podemos perder a auto-estima, sentindo-nos dispensáveis e sem objetivo para viver.

Quanto a vida pessoal, as amizades e os relacionamentos, muitas vezes, não são “sólidas”. De acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em “Modernidade Líquida”, atualmente nossas crenças e convicções mudam antes de se solidificarem em hábitos, costumes e verdades. Nesse contexto, nossos relacionamentos tendem a permanecer voláteis, flexíveis e líquidos. Consequentemente, mesmo quando rodeados de amigos, raros são verdadeiros, o que gera um sentimento de solidão. Cabe, então, refletir sobre nossos relacionamentos de amizade para nos decepcionarmos com eles a ponto de nos sentirmos prescindíveis, solitários, sem importância.

Em relação à vida profissional, os estudos são de extrema importância para estarmos preparados e capacitados para o mercado de trabalho. Séculos atrás, os renascentistas estudavam com afinco antes de iniciarem suas obras. Muitos estudavam, exaustivamente, cadáveres a fim de entenderem a anatomia humana e a reproduzirem em suas obras. Tal empenho pode ser observado em “David” de Michelangelo por meio dos detalhes das cutículas nas unhas e da perfeição dos músculos. Nos dias de hoje, assim como Michelangelo, precisamos exercitar o intelecto para atingir a perfeição exigida pelo mercado de trabalho e, assim, o sucesso na vida profissional.

Em suma, nós seres humanos, diferente dos demais animas, possuímos a capacidade de reflexão, a qual nos permite compreender que é preciso entender a tese do sociólogo polonês para cultivar