Marcadores Renais
A medida da função renal é importante e comumente utilizada nas investigações clínicas, além de alternativa para minimizar a insuficiência renal aguda, com sua prevenção e diagnóstico precoce. A taxa de filtração glomerular (TFG) é amplamente aceita como a melhor avaliação da função renal em indivíduos sadios e doentes, sendo geralmente feita através de um marcador glomerular. A TFG é definida como o volume plasmático de uma substância que pode ser completamente filtrada pelos rins em uma determinada unidade de tempo. A TFG é uma das mais importantes ferramentas na análise da função renal, sendo também um indicador do número de néfrons funcionais.
Creatinina
A creatinina é um produto de degradação do fosfato de creatina, um composto que armazena a energia, encontrado principalmente no músculo. A creatinina é constantemente produzida pelo corpo e não precisa ser administrada. Normalmente, as taxas de produção e degradação do fosfato de creatina são relativamente constantes, e a concentração de creatinina no plasma não varia muito.
A creatinina é utilizada em exames laboratoriais para avaliar a função renal, tentam estimar a TFG. Como medida fisiológica, ela já provou ser o mais sensível e específico marcador de mudanças na função renal.
Os métodos mais comumente utilizados para estimar a TFG são concentrações da creatinina sérica, depuração da creatinina endógena (DCE) ou estimativa da TFG ou DCE por equações baseadas na creatinina sérica.
A creatinina é livremente filtrada pelo glomérulo e não reabsorvida nem metabolizada pelo rim. Entretanto, aproximadamente 10% a 40% da creatinina urinária é derivada da secreção tubular de cátions orgânicos no túbulo proximal, sendo mais significativa quanto menor estivar a TFG. Desconsiderando essa eliminação tubular e considerando que toda creatinina urinária é oriunda da filtração glomerular, podemos dizer que:
TFG x creatinina sérica = creatinina urinária x fluxo urinário
TFG = creatinina urinária