Manutenção e quebra dos dispositivos da heteronormatividade na escola.
Carla Freitas dos Reis
Universidade Federal da Bahia
Grupo de Pesquisa Cultura e Sociedade
Palavras chaves: escola - heteronormatividade - gênero.
Eixo Temático: “Heteronormatividade, heterossexismo e homofobia no cotidiano escolar”
“A disciplina "fabrica" indivíduos.” Foucault.
Objetivo
Observar uma sala de aula com vinte crianças de seis anos (1º. Ano Fundamental), diariamente, por dois meses – fevereiro e março de 2011. Trata-se de uma escola particular[1], localizada em Salvador, Bahia. A pesquisa é uma tentativa de detectar como se dá o mecanismo heteronormativo dentro de uma escola que tem histórico e perfil de respeito às diversidades, que segue uma linha de didática não–tradicional.
Metodologia Observação participante em sala de aula, durante um turno, todos os dias da semana por dois meses.
Referencial Bibliográfico A análise parte da discussão sobre heternomatividade via Teoria Queer, com pesquisa literária através de autores pós-estruturalistas.
Relato de Experiência O avanço no campo contra a homofobia e inclusão sexual em ambiente escolar foi percebido em dois significantes passos. O primeiro é o número de casais gays com filhos que a escola acolhe, adotando uma postura bastante clara e de apoio a essas possíveis configurações familiares. Entre esses casais, há uma variação considerável de situações, por exemplo, dois homens que adotaram uma menina; dois homens que tiveram um filho através de uma gravidez de contrato, em que a mãe não foi excluída da relação e tem participação ativa, apesar da criança morar com o pai e seu parceiro; duas mulheres que adotaram um menino; e uma mãe de duas meninas, cuja mãe se assumiu lésbica após o processo de divórcio. E, após apresentada essa situação para escola, houve um acompanhamento e apoio em todo o processo de transição na vida dessas crianças. Uma das alunas é da sala de aula que pude observar