Manutenção preventiva
Anderson Paiva da Silva(1) Manoel Alves Gomes(2)
RESUMO O trabalho visa apresentar o programa de manutenção preventiva para troca dos capacitores eletrolíticos em módulos eletrônicos, implementado na Usina Nuclear de Angra 2, que serviu de programa piloto para troca de componentes eletrônicos com tempo de vida vencido, aumentando desta maneira a disponibilidade dos circuitos de medição da usina. O trabalho iniciou após a constatação de uma falha comum nos módulos eletrônicos do tipo fonte de alimentação de transdutores de campo, que deixavam de alimentar o seu consumidor e apresentavam sempre os mesmos componentes danificados. Com base em documentos do EPRI (Electric Power Research Institute ) foi iniciado um estudo de viabilidade da troca dos capacitores eletrolíticos dos módulos instalados na usina de Angra 2 e dos módulos em estoque já que estes também encontravam-se com os capacitores além da vida útil. Após a aprovação dos procedimentos, escolha e compra dos capacitores qualificados e a qualificação de técnicos para efetuar a manutenção, o processo de troca preventiva dos módulos foi iniciada. Este programa de manutenção vem diminuindo consideravelmente a taxa de falha destes módulos, aumentando a disponibilidade dos canais de medição e os custos de manutenção.
1. Introdução As usinas nucleares, como são chamadas, são na verdade usinas termonucleares, ou seja, usinas térmicas, como as usinas térmicas a gás, à carvão e a óleo, mas que utilizam como fonte de calor não combustíveis fósseis, e sim a fissão nuclear de átomos de urânio que ocorrem dentro do reator nuclear. As usinas termonucleares do Brasil são do tipo PWR (Pressurized Water Reactor) que possuem um circuito primário fechado, pressurizado que utiliza água leve para retirar o calor do reator nuclear. Este calor é transferido para um circuito secundário, também fechado, onde a água