Osmira Ftima da Silva A questo no a corrida pelo alimento, mas pela comida De alimentos, os celeiros do mundo esto repletos, mas falta comida aos socialmente marginalizados no inexravel mundo capitalista, onde reina uma democracia que difunde a igualdade para todos, mas que os pobres dificilmente encontram acesso aos meios para uma vida mais digna, principalmente, com segurana alimentar. A fome constitui uma ameaa aos pases que buscam o desenvolvimento econmico, e procuram o estreitamento das relaes internacionais que visam a prosperidade e a paz mundial. O quadro socioeconmico que, hoje, se descortina, mostra uma preocupao dos governos com o setor primrio de suas economias, procurando a segurana do bsico necessrio para a sobrevivncia de seus povos, cujo setor tem sido tratado, por muitos pases, com especial ateno e medidas de protecionismo nacional. O alimento processado, a partir do campo de produo uma verdadeira utopia futuras geraes do novo sculo, principalmente, nos pases subdesenvolvidos, na frica e na sia, que desprovidos da cdula money, provavelmente, no se adquirir a comida adequada e nutricional. Em 2008, existiam 53,9 milhes de brasileiros vivendo na pobreza e 19,9 milhes vivendo na misria, definida como uma situao de extrema carncia material, onde falta comida, emprego, moradia, saneamento bsico, escolas e sade. Atualmente, essa linha da misria, est sendo reduzida por polticas pblicas, que visam a reduo da pobreza e combate fome, mas que no atuam diretamente no reconhecimento e promoo da cadeia produtiva dos elementos bsicos da dieta da maioria dessa populao, no caso o arroz e o feijo. No Brasil, o suprimento da oferta e da demanda por gros, sugere complexidade, devido, principalmente, aos diferentes sistemas de produo, diferenas regionais de hbitos e preferncia alimentares da populao e, sazonalidade de preos desses produtos. Em 2009, o consumo mdio per capita de feijo foi estimado em 16,2 kg e de arroz polido com gros inteiros, foi de 41 kg,