Manuel bandeira
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Manuel Bandeira frequentou o colégio das irmãs Barros Barreto, e, o colégio semi-interno, de Virgínio Marques Carneiro Leão.
Em 1896, Bandeira cursou o Externato do Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II). E em 1903 a família se mudou para São Paulo onde Bandeira se matriculou na Escola Politécnica, pretendendo tornar-se arquiteto. Estudou também, à noite, desenho e pintura com o arquiteto Domenico Rossi no Liceu de Artes e Ofícios. Começou ainda a trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, da qual seu pai era funcionário.
No final do ano de 1904, ficou sabendo que estava tuberculoso, então, abandonou suas atividades e foi para o Rio de Janeiro. Em busca de melhores climas para sua saúde, passou temporadas em diversas cidades: Campanha, Teresópolis, Maranguape, Uruquê, Quixeramobim.
Em 1910 entrou em um concurso de poesia da Academia Brasileira de Letras, mas não ganhou o prêmio. Em 1912, escreveu seus primeiros versos livres.
A fim de se tratar no Sanatório de Clavadel, na Suíça, embarcou em junho de 1913 para a Europa, mas, em virtude da eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, voltou ao Brasil.
Em 1916 faleceu sua mãe, Francelina. No ano seguinte publicou seu primeiro livro: A cinza das horas, numa edição de 200 exemplares custeada pelo próprio autor. Em 1918, o autor perdeu a irmã, Maria Cândida de Souza Bandeira, que desde o início da doença do irmão, havia sido uma dedicada enfermeira. No ano seguinte publicou seu segundo livro, Carnaval. O pai de Bandeira, Manuel Carneiro, faleceu em 1920.
Numa reunião na casa de Ronald de Carvalho, em Copacabana, no ano de 1921, conheceu Mário de Andrade. Estavam presentes, entre outros, Oswald de Andrade, Sérgio Buarque de Holanda e Osvaldo Orico.
Iniciou então, em 1922, a se corresponder com Mário de Andrade. Bandeira