manual

PROJETO EXECUTIVO
ETE – SÃO JOÃO
MANUAL DE OPERAÇÃO
1. Sistemas de Tratamento Biológico
A área de utilização de microrganismos nos processos de tratamento de águas residuárias vem se desenvolvendo de forma exponencial à medida que a microbiologia vem desvendando os mistérios do comportamento dos microrganismos na natureza. A biotecnologia aplicada ao tratamento de efluentes vem sendo utilizada em sua grande parte para a remoção da matéria orgânica, no entanto, outros poluentes também podem ser removidos pela ação direta ou indireta dos microrganismos. Incluem-se entre os processos mais utilizados a remoção de nitrogênio e fósforo.
Contaminantes orgânicos tóxicos, antes considerados recalcitrantes ou persistentes ou não biodegradáveis, vêm se mostrando passíveis de serem transformados biologicamente, principalmente devido a evolução e otimização dos processos avançados de tratamento. Esta capacidade dos microrganismos em metabolizar diferentes compostos vem da capacidade dos mesmos extrair destes substratos fontes nutricionais e energéticas necessárias para seu crescimento e funções metabólicas.
Os tratamentos biológicos de resíduos empregam as ações conjuntas de diferentes espécies de microrganismos em reatores (aeróbios e anaeróbios), os quais operados sob rigorosas e determinadas condições de processo resulta na estabilização dos mesmos. Os diferentes tipos de microrganismos formam uma verdadeira cadeia alimentar com interações nutricionais facultativas e obrigatórias.
Neste contexto, a concepção dos sistemas modernos de tratamento de esgoto sanitário caminha no sentido da utilização máxima do potencial dos sistemas anaeróbios de tratamento, deixando os sistemas aeróbios para pós-tratamento dos efluentes pré-tratados anaerobicamente. Este tipo de configuração visa à otimização do sistema de tratamento, principalmente do anaeróbio, onde se atinge eficiências máximas de 80% (DBO), tendo assim um residual a ser removido pelo processo aeróbio. Vale