manual feijão
Seja o doutor do seu feijoeiro
Ciro A. Rosolem1
Osvaldo M. Marubayashi2
NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DO FEIJOEIRO
H
istoricamente, a cultura do feijoeiro tem apresentado baixas produtividades médias no Brasil. Muitas razões têm sido aventadas para a ocorrência desta situação, desde os sistemas de produção em consórcio, efeitos climáticos e sanidade da cultura, até problemas econômicos dos agricultores. Entretanto, as cultivares utilizadas atualmente têm potencial de produção compatíveis com uma agricultura moderna e econômica. Este potencial raramente tem sido alcançado, em função dos altos riscos da cultura, que desencorajam maiores investimentos.
A irrigação e a adubação são fatores decisivos na modificação deste quadro.
A utilização da irrigação permite a produção em épocas de preços mais favoráveis ao agricultor e dá segurança para investimentos em controle fitossanitário eficiente e em programa racional de adubação.
EXIGÊNCIA NUTRICIONAL
O feijoeiro é considerado uma planta exigente em nutrientes, em função do pequeno e pouco profundo sistema radicular e do ciclo curto. Por isso, é fundamental que o nutriente seja colocado à disposição da planta em tempo e local adequados.
Embora encontrem-se disparidades na literatura com relação às quantidades de nutrientes absorvidas pelo feijoeiro, normalmente a exigência é maior que a da soja, por exemplo. As quantidades médias de nutrientes exportados por 1.000 kg de grãos citadas em várias pesquisas são: 35,5 kg de N, 4,0 kg de P, 15,3 kg de K, 3,1 kg de Ca, 2,6 kg de Mg e 5,4 kg de S.
As extrações e exportações de nutrientes, segundo diferentes autores, encontram-se na Tabela 1.
Tabela 1. Extrações e exportações de nutrientes segundo diferentes autores.
GALLO & MIYASAKA (1961)
Nutriente
N
P
K
Ca
Mg
S
Cultivar
1
Extração Exportação
(kg/ha)
(kg/ha)
102
9
93
54
18
26
67
6
31
6
5
11
Chumbinho opaco
%
66
67
33
11
27
44