Manual de estilo academico
Gêneros textuais são caracterizados por sua função sociocomunicativa e por sua estrutura mais ou menos fixa. Mais ou menos porque, ao mesmo tempo em que a estrutura se transforma segundo a necessidade do usuário, se tal estrutura se modificasse excessivamente, o usuário teria dificuldades em reconhecer o gênero e, consequentemente, sua leitura e compreensão poderia ser comprometida.
Apesar do status dos gêneros acadêmicos, eles não são exceções. Pelo contrário, às vezes é muito mais fácil escrever uma carta formal que fazer, por exemplo, uma resenha. Não raro, o formato de um gênero acadêmico segue as direções dadas pelo responsável que a pediu. Assim, ao escrever um artigo é preciso ficar atento às normas da revista; ao fazer um trabalho, ao professor; uma monografia, ao orientador e ao avaliadores. Claro que, ainda que haja diferenças, tais textos possuem partes em comum. Nesse sentido, resolvemos, aqui, apresentar algumas sugestões do que acredito que seja uma forma de estruturar um texto acadêmico, mais especificamente monografias. Importante que se diga que não é o objetivo desse texto ser taxativo - "faça assim", "esse é o jeito certo" - ao contrário, pretendemos ser uma contribuição a mais. Nesse sentido, baseamos esse texto em nossa experiência como leitor, orientador e produtor de monografias.
Antes de qualquer coisa, não é nosso objetivo tratar de normas[1] aqui, abordaremos os elementos textuais, o "miolo" da monografia. No entanto, sendo necessário poderemos mencionar algumas poucas coisas. Outro ponto é que seguiremos a quantidade de capítulos partindo da Introdução. Sim, tanto Introdução quanto Conclusões podem ser considerados capítulos. Desse modo teremos: Introdução, Fundamentação Teórica, Metodologia, Análises e Conclusões. Encerrarei com algumas observações finais sobre apêndices e anexos. INTRODUÇÃO
Para muitos, começar um texto é tão torturante como tentar criar um novo hábito. Começamos de um jeito, de outro e outro...