Manoel de Barros

MANOEL DE BARROS
Manoel Wenceslau Leite de Barros nasceu em Cuiabá no Beco da Marinha – Campo Grande, em 19 de dezembro de 1916 na época do Modernismo Brasileiro e era filho de João Wenceslau Barros. Manoel de Barros é advogado, fazendeiro e poeta. Com oito anos foi para o colégio interno em Campo Grande, e depois para o do Rio de Janeiro. Rebelou-se contra a escrita do Padre Antônio Vieira, por lhe parecer que para o Padre as frases eram mais importantes que a verdade.
Depois de viajar por vários lugares do mundo, Manoel de Barros volta ao Brasil e conhece Stella, sua futura esposa. Em três meses eles se casaram e vivem juntos até hoje, ao longo de seu casamento tiveram três filhos: Pedro, João e Martha e também sete netos.
Teve sua revelação poética revelada aos 13 anos quando ainda estudava no Colégio São José dos Irmãos Maristas, no Rio de Janeiro cidade onde residiu até terminar seu curso de Bacharel em Direito, em 1949. Seu primeiro livro foi publicado há mais de sessenta anos, e se chamou “Poemas Concebidos sem Pecado”
Ele criou um universo próprio — subvertendo a sintaxe e criando construções que não respeitam as normas da língua padrão —, marcado, sobretudo, por neologismos e sinestesias, sendo, inclusive, comparado a Guimarães Rosa. Em 1986, Carlos Drummond de Andrade iria ser considerado o maior poeta brasileiro vivo, mas ele o recusou em favor de Manoel de Barros, afirmando que ele sim era o maior poeta.
Segundo ele, o poeta faz bem em se “desexplicar”, pois o entendimento da poesia não deve passar pelo cérebro e sim pela pele, ou seja, poesia não se explica, ela se sente. Quando o questionavam sobre isto ele usava o seguinte termo para se fazer entender:
Para entender nós temos dois caminhos: o da sensibilidade que é o entendimento
Do corpo;
E o da inteligência que é o entendimento do espírito.
Eu escrevo com o corpo.
Poesia não é para compreender, mas para incorporar.
Entender é parede; procure ser uma árvore.

As doze principais