MANIFESTO DADAÍSTA
Quando o poeta Hugo Ball e sua noiva Emmy Hennings, inauguraram o Café Voltare, na cidade suíça de Zurique, não podiam imaginar que ele ia se transformar em marco importante para a história da arte.
Foi entre suas mesas em 1916 que ambos juntamente com o poeta Tristan Tzara e os pintores Hans Arp e Marcel Janco, estabeleceram as bases do dadaísmo, movimento que não só fez ruir pela primeira vez as barreiras pelas diferentes disciplinas artísticas, como também o próprio conceito de arte, sua linguagem e função. Enquanto o romeno Tzara, escandalizava a cultura acadêmica com seus caóticos manifestos nos jornais e junto com seus colegas, organizavam exposições de colagem, peças de teatro e leitura de poemas incoerentes e passivos de repentinas interrupções, em Paris e Nova York, surgia adeptos valiosos da nova corrente. Entre eles estavam Marcel Duchamp, Francis Picabia e Max Ernst, pintor que estava desenvolvendo na capital francesa a frottage, trabalho resultante de um processo que consiste em pressionar sobre uma tela, pedaços de madeira, impregnado de tinta. Cerca de dois anos antes, ambos haviam expostos no Armory Show em Nova York, os respectivos ready-made, objetos de usos diários, apresentados como manifestações artísticas e anti-mecanismos, que eram representações pictóricas de aparelhos estapafúrdios e sem nenhuma função, mais tarde também transformados em esculturas. Foi depois dessa exposição, que eles conheceram o fotografo experimental Man Ray, com quem passaram a aumentar a lista de dadaístas, depois de proclamarem o movimento no Café Voltaire.
O movimento dada pode ser caracterizado pela oposição de qualquer equilíbrio, e encerra um exercício extremo de negação, é uma intervenção artística que se auto rejeita, por possuir como máxima a negação emergente de tudo, sem que qualquer exceção a regra seja aceita.
Para RICTHER (1993, p.98-99) “Dada é a origem primeva de toda arte. Dada preconiza a “ausência de sentido da arte,