Vanguarda europeia
Para conseguirmos um parâmetro entre as vanguardas europeias e o modernismo brasileiro, precisamos pesquisar sobre as vanguardas, sobre o papel que essas obtiveram ao longo do século XX.
2.1 O TERMO VANGUARDA
Iniciaremos então com o significado do termo vanguarda, segundo Compagnon, em Os cinco paradoxos da modernidade, a palavra vanguarda foi metaforizada:
“Utilizarei a metaforizarão do termo vanguarda, ocorrida no decorrer do século XIX. Esse termo é de origem militar; no sentido próprio, designa a parte de um exército situado à frente do corpo principal, à frente do grosso das tropas” (1996, p.39).
Lúcia Helena em Movimentos da Vanguarda Europeia define o termo vanguarda da seguinte maneira
“... vem do francês avant-garde e significa o movimento artístico que “marcha na frente”, anunciando a criação de um novo tipo de arte. Esta denominação tem também uma significação militar (a tropa que marcha na dianteira para atacar primeiro), que bem demonstra o caráter combativo das vanguardas”, dispostas a lutar agressivamente em prol da abertura de novos caminhos artísticos”. ”(1993, p. 08):
Como vimos, o próprio nome representa o que significaram as vanguardas, uma luta avançada, sempre voltada ao futuro, com intuitos de encontrarem caminhos inéditos no tocante da arte.
Precisamos saber também que a palavra vanguarda, a sua metáfora, inicialmente tornou-se um termo político e, em seguida, estético, conforme trata Compagnon
“Seu emprego político era generalizado, desde a revolução de 1848, como testemunha a personagem caricatural de Publicona Masson, nas Les Comédiens sans le Savoir ( Comédias sem Saber), de Balzac791 (1846) e, nessa época designava tanto a extrema esquerda, quanto a extrema