Manifestações Nacional de 20 de Junho de 2013
No dia 20 de junho de 2013, o Brasil “parou” e a nação brasileira foi às ruas para exigir o direito de democracia. Diante de gigantescas ondas de protestos, vários trabalhadores saíram às ruas para manifestar a insatisfação com os seus provimentos. Nas pautas operárias, encontramos invariavelmente demandas por reajuste dos salários, adicional de periculosidade, equiparação salarial para as mesmas funções, direito de voltar para as regiões de origem a cada noventa dias, fim dos maus-tratos, melhoria de segurança, da estrutura sanitária e da alimentação nos alojamentos… Ou seja, demandas que nos remetem ao velho regime fabril despótico, agora revigorado pelas terceirizações e pelas subcontratações.
A massa de trabalhadores jovens e precarizados que ganhou as ruas no mês de junho sabe que para alcançar seus objetivos não pode contar nem com o PSDB, nem com o PT. Afinal, há décadas estes partidos são parte diferenciada de uma mesma lógica, que a cada eleição negocia milhões de reais de financiamento por inúmeros acertos e acordos com grandes construtoras, empresas de ônibus etc. Isso ajuda a compreender a formação desse sentimento antipartidário, alimentado por um sentimento igualitarista resistente ao desigual jogo político parlamentar. Trata-se de um sentimento que merece ser elaborado, refletido e assimilado pelas forças coletivas (partidárias ou não) que têm animado os atuais protestos. Na realidade, estamos diante da ruidosa transformação de uma inquietação social latente e difusa em uma aberta, a despeito de ainda inorgânica, decepção social.
As incontáveis manifestações ocorridas em 388 cidades e 22 capitais nos permitem afirmar que o balanço das jornadas de junho é largamente positivo. As diferentes esferas governamentais foram “obrigadas” a agir, tentando “atender” certas demandas apresentadas durante o atual ciclo de protestos e, desse modo, procurar estancá-las. O governo federal anunciou um plano