Manifestações de 2013
No primeiro semestre de 2013, uma série de manifestações populares ocorreram nas ruas de várias cidades brasileiras. Tendo inicialmente como foco de reivindicação a redução das tarifas do transporte coletivo, as manifestações ampliaram-se, ganhando um número imensamente maior de pessoas e também novas reivindicações. A violência policial aos atos também contribuiu para que mais pessoas fossem às ruas para garantir os direitos de livre manifestação. Quando um povo está nas ruas contra seus governantes, e a maioria da população é a favor das manifestações entende-se que há algo errado no sistema político. Obviamente, esse regime não está representando a população. De fato, nosso sistema político não é nem democrático, nem eficiente. O poder não é do povo, mas do dinheiro e dos bandidos. Nada funciona bem. Nenhum problema é resolvido. Antes da chegada do partido dos trabalhadores ao governo, o regime podia manter sua ilusão, pois havia a esperança de que a eleição do PT desemperrasse a máquina pública, mas depois de dez anos de governo petista essa ilusão desapareceu. A crise do petismo e a crise do regime político de 1988 tornaram-se uma coisa só.
Embora o motivo inicial seja insignificantes centavos nas passagens de ônibus, e as motivações atuais expressas nos cartazes dos manifestantes sejam muito variadas e inconclusivas, a politização desse movimento é bem superior à dos anteriores. O Movimento Passe Livre São Paulo (MPL) chamou mesmo foi para ir até ali na esquina, em passeata pela revogação do aumento da tarifa de ônibus. Mas, a multidão que se foi