Manifestação dia Internacional da Mulher
Brasília, 8 de março de 2014
Gestão Tempo de Luta e Resistência
PeLOS
DireiTOS
HUmaNOS
DaS
mULHereS
NO
ÂmBiTO
PÚBLicO e
PriVaDO
É
importante constatarmos, na história humana, que a democracia e a cidadania não são processos simultâneos. As conquistas de direitos e de espaços democráticos são estratégias fundamentais, mas não eliminam automaticamente as relações e os espaços de opressão (objetivos, subjetivos e simbólicos) presentes no sistema de dominação capitalista patriarcal.
Reiteramos sempre que o movimento feminista, nas últimas seis décadas, provocou mais avanços nos direitos das mulheres e modificou qualitativamente as relações sociais de gênero do que nos milênios anteriores de ‘humanidade’. Mas a ideologia machista resiste, persiste e se reinventa com a crescente onda fundamentalista e conservadora, alimentando, em suas relações sociais, a violência de gênero contra as mulheres.
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Dessa forma, a vida cotidiana torna-se um enorme desafio e um processo de luta para que a mulher possa ser reconhecida como um sujeito consciente, livre e responsável sobre sua vida e seu corpo.
A base de dados do Sistema de Notificação de Agravos do Ministério da Saúde (Sinan) registrou, no ano de 2011, que foram atendidas
70.270 mulheres vítimas de violência física no
Brasil e que 71,8% das agressões ocorreram no domicílio da própria vítima, e ainda, que, na faixa etária de 30 a 39 anos, essas agressões, em 70,6%, foram perpetradas por seus parceiros “amorosos” ou ex.
O relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2014 alerta que ignorar a desigualdade de gênero ameaça o desenvolvimento mundial. Aponta que uma a cada três mulheres no mundo, já vivenciou algum tipo de abuso físico
CFESS Manifesta
Dia Internacional da Mulher
ou sexual. Que uma a cada três meninas nos países mais pobres se casa antes dos 18 anos e que mais de 200 milhões de mulheres,