Manhattan
Conheci Woody Allen bem novo e, impressionantemente, passou a existir mais um jovem de 14/15 anos que tem como inspiração um senhor de 60/70. Acho que diminuo as coisas relacionando-o à inspiração, pois antes disso, eu tive o pleno sentimento de identificação, até então eu não tinha vivido o suficiente, amorosamente falando, para isso acontecer, só sei que aconteceu, muito por conta do diálogo. O cinema começa mudo, depois vem a fala, mas com o Woody Allen o diálogo é elevado ao último degrau, eu me identifiquei logo com o pessimismo, a simplicidade ou até mesmo as referências, não me considero uma pessoa cult, formal ou tão entendida como Woody, por exemplo, mas eu aprecio uma conversa repleta de referências, seja ela qual for, aquela conversa que vai embora, passa rápido, entre sorrisos e desabafos e nunca parece enjoar. A maioria dos meus relacionamentos - conturbados - se estruturam em base a amizade. Inclusive eu brinco com algumas amigas que, se por acaso eu estragar tudo, é porque eu me apaixonei. Isso sempre acontece, sempre acabo conhecendo muito bem a pessoa antes do sentimento que passarei a ter por ela, mas até lá as classificações vão caminhando e, quando vejo, estou encantado. Bem, preciso de muito diálogo. Sinto que se alguém não entender o meu amor/vício por cinema, por exemplo, estaremos automaticamente fadados ao fracasso. Só precisa