Maneirismo

Maneirismo
O maneirismo foi um estilo artístico que trocou a harmonia alcançada pela arte renascentista, pela dissonância, e colocou no lugar da razão e do realismo da Renascença a emoção e a imaginação. O maneirismo surgiu no período entre a Alta Renascença e o barroco e constituiu-se por artistas excêntricos e obras bizarras, altamente ornamentadas, macabras e cheias de efeitos estranhos, perspectivas irracionais, corpos distorcidos e cores sombrias. O maneirismo nasceu e predominou na Itália e depois foi adotado por artistas das regiões central e norte da Europa. Ele alcançou além das artes visuais também a literatura. Reação à perfeição e ao naturalismo idealizado do classicismo, o período maneirista foi visto como decadente pela crítica e a referência à "arte maneirista" ganhou uma conotação negativa que perdurou por gerações. No século 20, estudos revisaram a importância do maneirismo e alguns pesquisadores passaram a entendê-lo como um desdobramento da arte da Renascença e encontraram características da arte maneiristas em algumas obras de Michelangelo e Rafael.

Pieter Bruegel- Dados Biográficos

Pieter Bruegel foi considerado um dos maiores pintores e desenhistas e o mais significativo dos mestres flamengos no século XVI. Viveu na região conhecida como Flandres, localizada na atual Bélgica. Sua obra é bem diferente do ideal de perfeição renascentista, pois retratou a vida das pequenas aldeias de costumes medievais, desenvolvendo, assim, um estilo próprio de pintura.
De acordo com Gombrich (1999, p. 381), as obras como as de Bruegel, nas quais os pintores cultivavam de forma deliberada um certo ramo ou gênero de temas, ficaram conhecidas como “pintura de gênero”, designada pela expressão francesa peinture de genre.
Os historiadores o chamavam de “o Velho”, para diferenciá-lo de seus descendentes e seus contemporâneos. Em nossos dias, devido a sua inclinação pelos temas populares, tornou-o conhecido como "Bruegel, o Camponês"