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A Indústria no Brasil
O parque industrial brasileiro está amplamente concentrado nos estados do Centro-Sul e nas maiores regiões metropolitanas. Porém, nas últimas décadas, vem passando por um processo de dispersão espacial, que acontece à medida que se vai dispersando a infraestrutura de transportes, energia e comunicações e o poder público oferece benefícios fiscais para atrair investimentos. No interior das regiões e dos estados está ocorrendo o mesmo processo.
Histórico
A economia brasileira só começou a se estruturar em escala nacional a partir da segunda metade da década de 1930. Até então, a organização espacial das atividades econômicas era dispersa e as economias regionais - chamadas de "arquipélagos econômicos regionais" - se estruturavam de forma quase totalmente autônoma.
Com a crise do café e o início da industrialização, comandado pelo Sudeste, esse quadro mudou. A oligarquia agrária do setor cafeeiro passou a investir no setor industrial, instalando, principalmente em São Paulo, uma indústria moderna para os padrões da época. O governo federal, com Getúlio Vargas como presidente, passou a promover a integração dos "arquipélagos regionais" através da instalação de um sistema de transportes ligando os Estados, o que aumentou o fluxo de mercadorias e pessoas entre os mesmos.
Com o sistema de transportes integrando os "arquipélagos regionais" houve uma invasão dos produtos industrias, vindo do Sudeste, nas outras regiões do Brasil. Isto causou a falência de indústrias nas demais regiões que não conseguiam competir. O centro econômico e industrial se estabeleceu em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A partir de então, até a década de 1980, a concentração espacial da indústria na região Sudeste se explica por alguns fatores básicos:
Complementaridade industrial - as indústrias de autopeças tendem a se localizar próximo às automobilísticas; às petroquímicas, próximo às refinarias etc.;
Concentração de