MALÁRIA
A malária ou paludismo, também conhecida como impaludismo, febre palustre, febre intermitente ou, em suas formas especificas, febre terçã benigna, febre terçã maligna e febre quartã, recebe no Brasil nomes populares como maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou, simplesmente, febre. Apesar de muito antiga, a malária continua sendo um dos principais problemas de saúde publica no mundo. Estima-se que a doença afeta cerca de trezentos milhões de pessoas nas áreas subtropicais e tropicais do planeta, resultando em mais de um milhão de mortes a cada ano, na grande maioria, crianças. A malária foi primeiramente citada na era Pré-Cristã por Hipócrates. Entretanto, foi somente no inicio do século XIX que o termo malária teve origem. Escritores italianos defendiam a tese de que a doença era causada por vapores nocivos exalados por pântanos tiberianos, designando-a ‘mal aria’. Apenas em 1880, um médico francês, Charles Louis Alphonse Laveran, conseguiu observar organismos em movimento ao examinar, a fresco, o sangue de um paciente com malária. A descoberta de que a malaria era uma hemoparasitose foi posteriormente confirmada por Gerhardt, em 1884. A transmissão, no entanto, só foi conhecida numa sucessão de descobertas. Em 1894, Manson, ao estudar a transmissão de Wuchereriabancrofti por mosquitos, aventou a hipótese de que os mesmos poderiam ser os transmissores da malária. Ronald Ross, em 1897, trabalhando na Índia, descobriu o oocistos no estômago de mosquitos. No ano seguinte, e ainda da Índia, Ross conseguiu transmitir a malária aviaria, passando o plasmódio de ave a ave através de um mosquito de gênero Culex. A partir do conhecimento do ciclo de vida do parasito, diferentes estratégias de ataque a doença tem sido propostas, visando a interrupção de sua transmissão. Entre elas destaca-se o programa de erradicação da malária, proposto em 1955 pela (OMS). Esse