Malha rodoviária tem péssima qualidade
Mais da metade das rodovias brasileiras pode ser considerada de qualidade ruim, péssima ou regular, apontou a uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pela CNT (Confederação Nacional do transporte) e pelo Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat).
O estudo considerou 100% da malha rodoviária nacional – ou 92.747 km de extensão – tanto de rodovias federais quanto estaduais e também as operadas por concessionárias. O levantamento considerou 1.802 km a mais em relação ao último levantamento anterior.
De acordo com a pesquisa, apenas 12,6% da malha são considerados ótimos e, 30%, bons. Com 57,4%, porém, predominaram, somadas, avaliações de má qualidade das vias: condições regulares (30,5%), ruins (18,1%) e péssimas (8,8%).
Em nota, a CNT informou que o estudo considerou para análise as condições conforme aspectos perceptíveis aos usuários, tanto em relação a pavimento, por exemplo, quanto à sinalização e à geometria da via.
Os trabalhos levaram 39 dias, entre os meses de junho e agosto deste ano, e foram executados por 17 equipes da CNT.
Avaliação por regiões
A pesquisa foi dividida por regiões, de modo que as rodovias do Sudeste foram avaliadas como as que estão em melhores condições. Dos 26.778 km da região, 24,6% foram classificados como em ótimo estado; 30,7% como bom; 28,2%, regular; 13,2%, ruim e 3,3%, péssimo.
Em segundo lugar estão as rodovias do Sul, nas quais 19,7% do total de 16.199 km foram classificadas como em ótimo estado; 40,7% em bom; 26,3% como regulares; 10,7% como ruins e 2,6% como péssimas.
Leia mais:
1. Malha rodoviária: carência e prejuízos incalculáveis
2. Sobra dinheiro, falta gestão
3. Pesquisa Infraestrutura parte 2: rodovias brasileiras
4. Pesquisa infraestrutura parte 3 – aeroportos brasileiros
5. Investimentos previstos em rodovias
Já no Nordeste, a maior parte dos 25.820 km estudados foi classificada como de qualidade regular