Mal estar da atualidade
A psicanálise e as novas formas de subjetivação
Joel Birman
SUJEITO e HISTÓRIA
CIVILIZAÇÃO
BRASILEIRA
[contra-capa]
“O percurso vertiginoso pelos novos destinos do desejo foi realizado com a psicanálise conjugada a outros saberes. A psicanálise ainda é o saber mais consistente, construído pelo Ocidente, para indagar as relações turbulentas do sujeito com seu desejo, ficando para isso nos limiares da morte, do gozo e da violência, que nos entreabrem para o que existe de horror no universo das delicias eróticas. Acredito que tudo isso é óbvio e ainda evidente. Porem, quero sublinhar também, de maneira vigorosa, como a psicanálise deve se repensar em alguns de seus fundamentos, para ficar sensível e conseguir ser potente no que tange ao mal-estar na atualidade. Esta seria a única maneira de a psicanálise continuar a ser operante no contexto de trevas, obscurantismo e fundamentalismo em que vivem hoje em dia.”
[orelha da capa]
A necessidade de repensar os fundamentos da leitura da subjetividade constitui a motivação central deste livro e o fio condutor que articula os diversos capítulos que o compõem. Trata-se para o autor de um empreendimento urgente, na medida em que, na sua compreensão, é pela intermediação do conceito de subjetividade que é possível pensar tanto o mal-estar na sociedade contemporânea quanto o mal-estar na psicanálise. O instrumental teórico privilegiado – porém não exclusivo – utilizado é a psicanálise, na medida em que esta ainda é – como afirma Birman – o saber mais consistente construído pelo Ocidente para indagar as turbulentas relações do sujeito com seu desejo. Não se trata porém de um saber psicanalítico mumificado nas suas fórmulas canônicas. Pelo contrário, a reflexão de Birman está impregnada de historicidade e do empenho de pensar os destinos do desejo na atualidade, isto é, no aqui e agora da experiência histórica. O mal-estar na psicanálise e nos psicanalistas é assim pensado no contexto da perda