O Mal-estar na civilização
Renato Mezan
Freud, no início do século XX, afirmou que a insatisfação dos impulsos primordiais era decorr~encia de uma sociedade autoritária, “patriarcal”, cuja manifestação se dava pela repressão. As pessoas deveriam seguir a moral da sociedade e não podiam alimentar suas fantasias.Ou seja, caso, fosse alimentada suas fantasias, a culpabilidade fazia-se presente no contexto social. E essa repressão, a moral sexual exigia renúncias, acarretando assim fenômenos neuróticos.
E esse contexto social esragrçado levaria à infelicidade das pessoas. Ele postulava uma vida sexual mais livre e maior aceitação da individualidade de cada um. Dessa forma, a sociedade sairia de uma endogamia social.
Vale salientar que, Freud não defendia a supressão de todo o controle social, e também considerava fatores individuais, como parte de condições que poderiam acarretar as neuroses.
No entanto, a sua tese apontava que a sociedade frustrava os indivíduos.
O autor Mezan, destaca no artigo : “ o mal-estar na civilização”, que essa tese se sustenta em alguns casos e em outro não. E afirma, que nos países ocidentais houve importantes transformações nos costumes e formas de controle social.Ele ainda cita um aspecto histórico: o brasil de Gvargas até a atualidade ( houve um grande avanço).
Contudo, o mal-estar não se dissipou, apenas se apresenta de formas diferentes. Afirma-se que a repressão não foi eliminada e há novas inquietações na sociedade. Aponta-se que a sociedade daquela ´poca era muito rígida e atual vive uma intensa fragmentação desnorteante.A antiga, impunha certas condutas morais e não queria e se opunha ao avanço do indivíduo. Já essa, não oferece valores e rumos claramente identificáveis. No entanto, há uma maior tolerância nos aspectos sexuais em sentido estrito, a homossexualidade já não é vista como um delito, os relacionamentos antes ou fora do casamento se multiplicam, mas Freud não previu a violência urbana, o consumo de