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COMUNICADO DE IMPRENSA
Nos países ricos, há mais 2.6 milhões de crianças que caíram na pobreza no decurso da grande recessão
Políticas de protecção social sólidas são um factor decisivo na prevenção da pobreza
ROMA/GENEBRA/LISBOA, 28 de Outubro de 2014 – Um novo relatório lançado hoje em
Roma pela UNICEF mostra que 2.6 milhões de crianças se encontram abaixo do limiar de pobreza nos países mais ricos do mundo desde 2008, elevando o total de crianças que vivem na pobreza no mundo desenvolvido para cerca de 76.5 milhões.
O Report Card n.º12 do Centro Innocenti, “Crianças da Recessão: O impacto da crise económica no bem-estar das crianças nos países ricos” (Children of the Recession: The impact of the economic crisis on child well-being in rich countries), classifica 41 países da OCDE e da União
Europeia em função do aumento ou da diminuição dos respectivos níveis de pobreza infantil desde 2008. O documento analisa igualmente a proporção de jovens entre os 15 e os 24 anos que não estão a estudar, a trabalhar ou a receber formação profissional (Not in education, employment and training - NEET). Inclui também dados do inquérito mundial Gallup sobre as percepções da população acerca do seu estatuto económico e expectativas para o futuro desde o início da recessão.
Ainda que os primeiros programas de estímulo aplicados em alguns países tenham sido eficazes na protecção das crianças, em 2010 a maioria dos países alterou as suas políticas, passando do financiamento aos cortes, o que teve um impacto negativo sobre as crianças, particularmente na região do Mediterrâneo.
“Muitos países ricos sofreram um grande revés em termos de rendimento dos agregados familiares, e as consequências sobre as crianças e as suas comunidades terão repercussões a longo-prazo,” afirmou Jeffrey O’Malley, Director de Política e Estratégia Globais da UNICEF.
“Os trabalhos de investigação da UNICEF indicam que a solidez das políticas de protecção social foram um factor