Maias

INTRODUÇÃO

“Os Maias”, um romance de Eça de Queirós, é hoje considerado uma das mais emblemáticas obras realistas Portuguesas. Apareceu em 1988, no Porto, e não só retrata a preversão do amor incestuoso entre Carlos da Maia e Maria Eduarda, mas também critica a sociedade portuguesa oitocentista através de um humor arguto, inteligente e satírico, censorando-a pelo seu cinismo e conotando-a de “lixo”.
Visto tratar-se de uma obra fulcral no movimento realista, e de uma referência à “chique” literatura portuguesa, é do interesse de qualquer alma consciente, a completa interpretação de uma obra tão aclamada.
Este trabalho surgiu portanto no âmbito de uma melhor compreensão da obra, visando consolidar os conceitos mais importantes, e possibilitar uma nova visão perante o realismo, e a própria literatura portuguesa. Foi-nos pedida a apresentação do capítulo XIII à turma, cujo principal enfoque é a “Toca”, onde acontece a consumação do amor entre Carlos da Maia e Maria Eduarda. Este trabalho escrito tem como objectivo explicar e sintetizar os acontecimentos fundamentais do capítulo, bem como traduzir, num ambiente construtivo, as interpretações do grupo.

RESUMO DO CAPÍTULO

A ação do Capítulo XII acontece depois de Carlos comprar a quinta dos Olivais ao Craft, para instalar Maria Eduarda, e trata fundamentalmente a evolução da relação entre estes, insolando-os no seu espaço, adversos de qualquer condicionante.
O Capítulo começa quando, numa manhã, estava Carlos prestes a sair do seu coupé e, através de Ega, toma conhecimento das difamações feitas por Dâmaso à cerca do seu amor com Maria Eduarda. Imediatamente a seguir, Carlos é alvo de uma carta da Gouvarinho, queixando-se da constante falta de atenção e afecto diposto na relação.
Ainda afectado pelo que tinha descoberto, Carlos dirije-se aos Olivais a fim de tratar dos preparativos para o encontro que teria com Maria Eduarda no dia seguinte, e perante a pacificidade da quinta e imerso