Maias - critica social
Lisboa é o espaço privilegiado do romance, onde decorre praticamente toda a vida de Carlos ao longo da acção.
O carácter central de Lisboa deve-se ao facto de esta cidade concentrar, dirigir e simbolizar toda a vida do país. Lisboa é mais do que um espaço físico, é um espaço social. É neste ambiente monótono, amolecido e de clima rico, que Eça vai fazer a crítica social, em que domina a ironia, corporizada em certos tipos sociais, representantes de ideias, mentalidades, costumes, políticas, concepções do mundo, etc.
Vários são os episódios utilizados pelo autor para mostrar a vida da alta sociedade lisboeta. Destacam-se os mais importantes:
O Jantar do Hotel Central
A Corrida de Cavalos
O Jantar dos Gouvarinhos
A Imprensa
O Sarau do Teatro da Trindade
O Passeio de Carlos e João da Ega
A Educação
TEMAS DISCUTIDOS
A LITERATURA E A CRÍTICA
LITERÁRIA
y AS FINANÇAS y A HISTÓRIA E A POLÍTICA y FINANÇAS
CRÍTICA AO ESTADO DE
ENDIVAMENTO DO PAÍS QUE
DEPENDE DE EMPRÉSTIMOS AO
ESTRANGEIRO
y CALCULISMO E CINISMO DE COHEN:
TENDO RESPONSABILIDADES PELO
CARGO QUE DESEMPENHA, LAVA AS
MÃOS E AFIRMA ALEGREMENTE QUE
O PAÍS VAI DIREITINHO PARA A
BANCARROTA.
y
A Corrida de Cavalos - Crítica
Social ² Cap. y A imitação do estrangeiro
y
A mentalidade provinciana
y
Visão caricatural da sociedade feminina y
A falta de civismo
A Corrida de Cavalos - Crítica
Social ² Cap.
A imitação do estrangeiro:
A sociedade da época pensava que o que era ´chiqueµ tinha de vir de fora e tentava, assim, imitar o estrangeiro. Esta imitação reprovada por Afonso da Maia para quem ´o verdadeiro patriotismo, talvez («) seria, em lugar de corridas, fazer uma boa tourada.µ Mentalidade provinciana:
Um cenário que deveria ostentar a exuberância e o colorido de um acontecimento mundano como as corridas de cavalos, demonstra, uma imagem provinciana indesmentível:
O Hipódromo parecia um arraial;