maias
Os maias
TÍTULO – Os Maias (plural – três gerações da família Maia)
1.ª geração: a de Afonso da Maia (com algumas referências à geração anterior, a de Caetano da Maia) – confronto entre Absolutismo e Liberalismo.
2.ª geração: a de Pedro da Maia, inserida no período político da Regeneração, onde o movimento ultrarromântico se encontra no auge.
3.ª geração: a de Carlos da Maia, inserido na época correspondente à da Geração de 70, que se inscreve ainda no período da Regeneração mas que visa contestá-lo.
SUBTÍTULO – Episódios da vida Romântica
Aponta para a crónica de costumes que nos dá uma visão crítica da época, revelando uma sociedade com os seus costume, vícios e virtudes, representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício, e o mundo social e político, através de cenas e quadros (atividades sociais, culturais, desportivas, lúdicas) que nos fornecem o espaço social. Destaca-se, ainda, embora não se constituindo como episódio, o epílogo, pela caraterização que aí se traça da sociedade portuguesa, decorridos 10 anos após a partida de Carlos.
Eça de Queirós coloca as duas ações que constituem a obra perfeitamente integradas num ambiente social, articulando, assim, três planos narrativos:
- intriga principal (Carlos da Maia e Maria Eduarda);
- intriga secundária (Pedro da Maia e Maria Monforte);
- crónica de costumes.
Convém realçar que a intriga secundária aparece apenas como suporte da intriga principal – surge pela necessidade de explicar alguns aspetos desta – e Eça de Queirós, através da analepse, dá-nos os antecedentes de Carlos da Maia, recorrendo ao resumo e à elipse para se poder alongar na narração da intriga principal.
A crítica social em Os Maias
É no espaço lisboeta que Carlos passa a movimentar-se a partir do Outono de 1875. E é o seu ambiente monótono, amolecido, de “clima rico”, que vai fazer submergir todos os seus projetos e qualidades