Magnificação Biológica
Exemplo de bioacumulação: água contém 0,10 ppt (partes por trilhão de mercurio). Esta concentração pode chegar a 4,8 milhões ppt em um ovo de uma ave que se alimenta de peixes.
A cadeia alimentar é constituída de três principais níveis tróficos: os produtores, os consumidores e os decompositores. Os produtores são representados pelos seres vivos autótrofos, ou seja, são capazes de produzir seu próprio alimento, como vegetais, algas e cianobactérias. Os segundos, são os que consomem os produtores (por isso são heterótrofos geralmente), e podem ser classificados em consumidores primários, que se alimentam de produtores, consumidores secundários, que se alimentam de consumidores primários e consumidores terciários, que se alimentam de consumidores de segunda ordem. Por fim, os decompositores, que consomem resíduos de vegetais e animais mortos e encerram o ciclo devolvendo nutrientes ao meio.
Nesse ciclo, os produtores podem assimilar pequenas quantidades de substâncias tóxicas dispersas no ambiente, o que pode não ser, necessariamente, tóxico para eles. No decorrer da cadeia, os produtores são consumidos por herbívoros e a quantidade de substância tóxica assimilada no início permanecerá no seu organismo, uma vez que, tal substância não pode ser metabolizada. E assim segue o ciclo: um ser vivo consome outro e os poluentes vão se acumulando na cadeia alimentar. Portanto, os seres que mais sentem os efeitos desse acúmulo são os consumidores terciários, pois ingerem muito mais poluentes do que todos os outros participantes da teia.
Dos poluentes não biodegradáveis que se acumulam ao longo da cadeia, merecem destaque os metais pesados, como o mercúrio, o chumbo e o cádmio, elementos frequentemente presentes em processos