Madeira no espirito santo
Alguns autores ao analisarem a historia econômica do Brasil, a descreverão como sendo composta de ciclos de certa forma sucessivos, como bem apontava Afonso Arinos de Melo Franco, que foi professor História da civilização brasileira na Universidade do Distrito Federal, em uma série de conferências pronunciadas em Montevidéu em 1938, apontará que cada um desses ciclos possui um núcleo principal, uma determinada produção, que indiscutivelmente supera as outras atividades e monopoliza maiores atenções*. Esses núcleos de produção econômica principal é que caracterizam os ciclos sucessivos de nossa História, e que dão configuração a essas etapas. Em ordem cronológica, do século XVI ao século XX, pode-se dividir a História econômica brasileira da seguinte forma: ciclo do Pau-Brasil; ciclo do açúcar; ciclo do ouro e por ultimo, o ciclo do café. Estes seriam os principais produtos da economia brasileira. Bernardino José de Souza propõe uma divisão da História do pau-brasil em duas etapas, sendo a primeira, a do pau-brasil ao tempo da colônia e a do pau-brasil ao tempo do Império. Pero de Magalhães Gandavo na sua História da província da Santa Cruz, publicada em 1576, assim dizia: “Também há muito pau-brasil nestas Capitanias de que os mesmos moradores alcançam grande proveito: o qual pau mostra claro ser produzido da quentura do sol, e criado com a influência de seus raios, porque não se acha senão debaixo da tórrida Zona, e assim quanto mais perto está a linha Equinocial, tanto é mais fino e de melhor tinta; e esta é a causa porque o não há na Capitania de são Vicente nem daí para o sul”. ----------------------------------------------------- * IN SOUZA, Bernardini José. “O Pau-Brasil na História Nacional”. Brasiliana 2ª Ed. 1978. Ainda na obra de Bernardino José de Souza, há uma descrição dos tipos de Pau-Brasil feita por Aires de Casal, o primeiro corógrafo do Brasil e de João