madefinindo Marketing

DEFININDO MARKETING

Marcos Campomar

Os dicionários, habitualmente, explicitam o verbete marketing com uma superficialidade que resvala na ligeireza. E, ao mesmo tempo, com uma complexidade tão absurda que chega a beirar a incompreensão. Examine:

“O marketing é aquela parte do processo de produção e de troca que está preocupada com o fluxo de bens e de serviços do produtor ao consumidor”.

“O marketing é popularmente definido como a distribuição e a venda de mercadorias”.

“O marketing inclui as atividades de todos aqueles que se dedicam à transferência de mercadorias desde o produtor até o consumidor”.

“Marketing significa comercialização e também realização, engloba todo o conjunto de atividades de planejamento, concepção e concretização, que visam à satisfação das necessidades dos clientes, presentes e futuras, por meio de produtos ou serviços existentes ou novos”.

Paralelamente, a expressão em português, traduzida como “mercadologia” e até como “mercancia”, pressupõe vários mitos: de que o marketing não passa de uma forma de propaganda para amplificar as vendas, ou de que o marketing reúne atividades capazes de promover uma pessoa, ou atividades para criar necessidades; e, mais cruelmente ainda, de que o marketing é uma forma capitalista de fazer pessoas quererem coisas de que não precisam.

Ignore, por favor, essas tolices aparentemente sábias. Na realidade, e em uma sintetização engenhosa, o marketing é uma arte de bem-fazer trocas. É um conjunto de técnicas que, se utilizadas com eficácia, beneficia todos os elementos que interagem no processo das trocas. Essas técnicas não são aprendidas no dia a dia por meio da prática. Em uma tomada de decisão, elas exigem uma soma adequada de informação e de raciocínio. Uma informação mal colhida e um raciocínio equivocado provavelmente levam a uma decisão errada, assim como ocorre com uma informação bem colhida e um raciocínio equivocado, ou como acontece com uma informação mal colhida e um