Introduções de espécies exóticas tornaram-se um problema proeminente que ecólogos e gestores ambientais têm enfrentado nos últimos anos, e as introduções têm aumentado dramaticamente nas últimas décadas. Além disso, uma preocupação emergente é que com as mudanças climáticas essas introduções podem se agravar, acarretando diversos impactos sobre a biodiversidade. Portanto, a compreensão dos mecanismos que levam as espécies não-nativas a invadir os diferentes ecossistemas é de extrema importância, a fim de minimizar as causas e os possíveis impactos decorrentes das invasões. Plantas aquáticas têm se espalhado rapidamente e invadido diversos ambientes, onde já têm causado severos impactos sobre a biodiversidade e funções ecológicas. Portanto, um grande desafio para a pesquisa de plantas invasoras é desenvolver a capacidade de prever o potencial invasor das espécies e a capacidade de resistência dos habitats às invasões. Algumas hipóteses baseadas em teorias ecológicas podem explicar o sucesso ou o insucesso nas introduções de espécies não-nativas em diferentes habitats. Alguns pesquisadores tem direcionado seus estudos em responder como as relações planta-herbívoros podem influenciar o estabelecimento e a propagação de plantas não-nativas. Isso porque há estudos indicam que os herbívoros podem desempenhar um importante papel no processo de invasão de espécies. As condições ambientais e a disponibilidade de recursos impõem limitações aos organismos que demandam dos indivíduos diferentes estratégias ecológicas condicionadas a restrições evolutivas e históricas. Logo, condições restritivas como fatores abióticos e bióticos (por exemplo, caraterísticas do sedimento, temperatura, competição com espécies nativas, etc.) atuam como filtros ambientais que podem diminuir as chances de invasão e estabelecimento de espécies não-nativas em diversas regiões. Entretanto, as respostas plásticas demonstradas por algumas espécies podem ser um dos principais meios de adaptação à