Macroeconomia
Introdução
Na sequência da crise económica e financeira, as instituições europeias adotaram um conjunto abrangente de medidas de coordenação que visam conferir uma maior estabilidade às economias europeias, estabelecendo as bases de um crescimento sustentado.
Atendendo à crescente interdependência existente entre as várias economias europeias, em particular as da área do euro, a UE e os seus Estados-Membros concluíram ser fundamental promover um reforço da coordenação económica e orçamental, criando assim os alicerces capazes de sustentar a trajetória de recuperação da Europa face aos efeitos da crise económica e financeira, bem como uma dinâmica duradoura de crescimento e criação de emprego.
A recente crise económica europeia não tem precedentes para a nossa geração. Os progressos graduais do crescimento económico e da criação de emprego verificados durante a última década foram anulados, o PIB desceu 4% em 2009, a produção industrial regressou ao nível dos anos 90 e o desemprego afeta agora 23 milhões de pessoas, ou seja, 10 % da população ativa. A crise foi um tremendo choque para milhões de cidadãos e expôs algumas fraquezas estruturais da nossa economia.
A situação ainda frágil do sistema financeiro europeu está a atrasar a recuperação, dado que as empresas e as famílias têm dificuldades em contrair empréstimos, gastar e investir. As finanças públicas foram seriamente afetadas, atingindo os défices em média 7 % do PIB e os níveis da dívida mais de 80 %.