macroeconomia
DOMINGUES, RONALD. Domingues Web Site (2001).
Keynes:
Pode-se dizer que a macroeconomia surge em 1936, quando Keynes publica a sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Ela veio substituir a "teoria dos ciclos" que já não conseguia explicar os fatos então ocorridos. Além de apresentar sólidos argumentos para a intervenção estatal, a Teoria Geral concentrou-se na abordagem acerca da demanda efetiva, hoje chamada demanda agregada. Segundo ele, tal demanda define o produto a curto e médio prazo.
Ao discutir sua teoria, Keynes introduziu diversos conceitos macroeconômicos como do multiplicador e o da preferência de liquidez. Seu trabalho foi muito oportuno por defender a ação política através do governo, em um momento crítico da economia mundial.
A síntese neoclássica:
Pouco tempo depois da publicação da Teoria Geral, ela tornou-se o centro das discussões econômicas. Na década de 50, diversos economistas resolveram criar a síntese neoclássica buscando unir idéias keynesianas e aquelas que até então eram predominantes, ou seja, clássicas.
Uma das grandes tarefas dos economistas pós-keynesianos foi completar tal teoria com um arcabouço matemático, o que resultou em muito progresso e muitas controvérsias.
Hicks e Hansen desenvolveram o modelo IS-LM. Tal modelo, apesar de muito criticado por simplificar excessivamente a teoria, foi base para muitos estudos e debates. Assim, Franco Modigliani e Milton Friedman desenvolveram a teoria do consumo, James Tobin desenvolveu a teoria do investimento a qual foi aprofundada por Dale Jorgenson. Abordando o crescimento, Robert Solow desenvolveu um modelo que originou inúmeros trabalhos procurando relacionar poupança e progresso tecnológico.
Com o advento dos computadores e da econometria, presenciou-se o aparecimento de rebuscados modelos macroeconométricos como, por exemplo, o modelo MPS desenvolvido por um grupo de profissionais liderados por Franco Modigliani.