Lógica
1. BREVE HISTÓRICO
O pensamento lógico teve forte presença no cerne da Civilização Grega.
Aristóteles (384-322 A.C) é tido como o primeiro sistematizador do conhecimento lógico da época. Presume-se que a partir de uma análise das discussões, que eram comuns no seu tempo, o filósofo teria procurado caracterizar um instrumento de que se serviria a razão, na busca da verdade. Aristóteles teve seu trabalho registrado por seus discípulos e a obra de Lógica, intitulada o Organon, serviu de fundamentação para a
Lógica Simbólica. Aristóteles classificou as proposições em quatro grupos, dois originários de uma consideração qualitativa e dois de considerações quantitativas.
Segundo a quantidade, tem-se proposições afirmativas ou
negativas e, segundo a
qualidade, em universais e particulares. Assim é que na lógica de Aristóteles aparecem expressões como todo, nenhum, algum, etc; e frases tipo "Todo homem é mortal "
(universal afirmativa) e "Alguns homens não são sábios" (particular negativa).
Ainda na Grécia Antiga, surgiu a escola estóico-megárica que estudava a lógica das proposições, desenvolvendo aspectos não encontrados na Lógica Aristotélica.
Depois do período dos estóicos-megários, inicia-se um período obscuro, quase virgem de pesquisa. Segundo os elementos históricos existentes, não houve nenhuma contribuição original à Lógica por mais de 1000 anos. Houve apenas o trabalho de transmissão de conhecimentos antigos para a Idade Média. Destaca-se Boécio (470524) com a tradução latina de parte da obra aristotélica.
Foi um longo período pobre de contribuições para esse ramo do conhecimento científico . Durante os séculos XVII e XVIII e início do século XIX o grande interesse era pela retórica e pelas questões psicológicas. Escapa dessa inflência Leibniz (1646 1716), cujas idéias originais e inovadoras ficaram isoladas no século XVII e só viriam a
-1-
ser apreciadas e conhecidas no fim do século XIX. Assim é que o uso